segunda-feira, 25 de março de 2013

E-Commerce B2C fatura R$ 22,5 bilhões em 2012


Foram realizados 66,7 milhões de pedidos em 2012, um valor 24,2% maior do que o registrado no ano anterior

O ano de 2012 se encerrou com números positivos para o e-commerce B2C brasileiro. O setor fechou o ano com R$ 22,5 bilhões de faturamento, um crescimento nominal de 20% em relação a 2011, quando havia registrado R$ 18,7 bilhões em vendas de bens de consumo. Esses dados acabaram confirmando a previsão de evolução para o comércio eletrônico realizada pela e-bit, na última edição do relatório WebShoppers.

De acordo com Pedro Guasti, diretor geral da e-bit, a evolução foi possível principalmente pelas ações promocionais promovidas pelas lojas virtuais e incremento de vendas de produtos de maior valor agregado no 2º semestre de 2012. “Além de ter recuperado o fôlego, contido no 1º semestre de 2012 principalmente pela dificuldade do governo em estimular a economia, a segunda metade do ano conseguiu equilibrar a balança com incremento de vendas de produtos de maior valor como smartphones, tablets e notebooks que ajudaram a elevar o tíquete médio no 2º semestre se comparado ao 1º semestre: R$ 338 X R$ 346”. Com isso, o tíquete médio em 2012 fechou em R$ 342.
Ainda, segundo Guasti, outro fator histórico que colaborou para o incremento no faturamento foi o maior número de datas sazonais do 2º semestre e o peso do Natal. “Além de contar com o Dia dos Pais e o Dia das Crianças, no final do ano, o Natal veio novamente como a data sazonal mais acentuada e que contribuiu com maior volume de vendas: R$ 3,06 bilhões”.

Além disso, a Black Friday se consolidou de vez no Brasil como uma nova data sazonal e rendeu números recordes. No dia 23 de Novembro, foram faturados R$ 243,8 milhões em bens de consumo nas vendas online, em apenas 24 horas. Um valor 143,8% maior que em 2011, quando os ganhos somaram R$ 100 milhões.
Ao todo, foram realizados, ao longo de 2012, 66,7 milhões de pedidos, um volume 24,2% maior do que o registrado no ano anterior. E com uma maior demanda de pedidos, também aumentou o número de consumidores virtuais: 10,3 milhões de novos entrantes. Com isso, já são mais de 42,2 milhões de pessoas que fizeram, ao menos, uma compra online até hoje no Brasil.

Um fator importante é a satisfação dos e-consumidores com o varejo online, um sinal positivo para o setor, que continua atendendo as expectativas, mesmo com mais entregas e consumidores para atender. De acordo com dados levantados pela e-bit, em parceria com o Movimento Internet Segura (MIS), comitê da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), em média, 86,1% dos consumidores brasileiros ficaram satisfeitos com o comércio virtual em 2012, dentro de uma nota de corte de excelência de 85%.
As categorias mais vendidas

Em 2012, o ranking das cinco categorias com maior volume de pedidos foi: ‘Eletrodomésticos’ em primeiro, com 12,4%, seguida de ‘Moda e Acessórios’, cada vez mais consolidada, com 12,2%. Em terceiro, ‘Saúde, beleza e medicamentos’ com 12%. Completando a lista ficaram ‘Informática’ com 9,1% e ‘Casa e Decoração’, com 7,9%.

Frete: Quanto gastamos e quanto economizamos?
De acordo com dados levantados pela e-bit, 54% dos pedidos realizados foram com frete grátis, o que gerou uma “economia” de R$ 1,09 bilhão aos bolsos dos brasileiros. Um valor superior se comparado ao montante total gasto com frete no Brasil em 2012: os 46% dos pedidos restantes geraram um custo adicional de R$ 932,1 milhões pago pelo consumidores virtuais.
Compras Coletivas

A 27ª edição do relatório WebShoppers também levantou novos números e dados sobre as Compras Coletivas no Brasil.
Durante o ano de 2012, a modalidade faturou R$ 1,65 bilhão, um crescimento nominal de 8% em relação a 2011. O número de ofertas adquiridas, no entanto, obteve um crescimento muito acima, com 25,3 milhões de pedidos o que representou um avanço de 30% se comparado a 2011.
O tíquete médio teve uma queda de 17% de 2011 para 2012, e fechou o ano com o valor de R$ 65,40. Essa queda pode ser explicada pelo aumento na venda de ofertas de Bares e Restaurantes, que possuem tíquete médio inferior a outras categorias do setor, como Turismo e Viagens.
Mobile Commerce

O comércio mobile também apresentou franca evolução em 2012. Em Janeiro de 2012, o share em volume transacional do M-Commerce era de 0,8%. Em Junho, já registrava 1,3% e em Janeiro de 2013 alcançou 2,5% de participação nas compras online.
“Mais do que uma tendência, uma realidade. É assim que o Mobile Commerce pode ser interpretado dentro do mercado digital. Com novos aplicativos e tecnologias direcionados a esse tipo de comércio, o avanço continuará para os próximos anos. O Omnichannel e a possibilidade das pessoas compararem preços dentro das lojas físicas são os principais aliados dos consumidores nesse momento”, esclarece Guasti.
2013: o que vem pela frente?

Os números do comércio eletrônico no Brasil continuarão em ascensão em 2013. De acordo com previsão realizada pela e-bit, empresa especializada em informações do setor, a estimativa para crescimento nominal do e-commerce B2C é de 25%, chegando a um faturamento de R$ 28 bilhões em 2013.
A tendência é que o ano apresente um resultado melhor que 2012 em virtude da retomada do crescimento econômico e da aceleração das vendas de dispositivo móveis como tablets e smartphones.
Digital Commerce

Muito mais do que entender o varejo online ‘tradicional’, a e-bit busca entender o mercado digital de uma maneira geral. Tendo isso em vista, realizou um estudo que será atualizado anualmente e revela como diversas outras áreas do setor digital atuam e faturam, sejam elas Market Places, venda de ingressos online, passagens aéreas e turismo e compras coletivas. “Esses segmentos não contam atualmente na metodologia de coleta de pesquisa tradicional da e-bit e serão acompanhados através de outros processos e métodos estatísticos”, explica o diretor da e-bit.
De acordo com dados obtidos no levantamento a estimativa de faturamento do Digital Commerce B2C no Brasil em 2012 foi de R$ 49,7 bilhões de Reais (incluindo os R$ 22,5 bilhões faturados pelo varejo virtual em bens de consumo).
Meios de pagamento

Para essa edição do WebShoppers, a e-bit procurou entender melhor como se relacionam os consumidores com meios de pagamentos distintos, mais especificamente o pagamento com débito online.
Em 2012, constatou-se que 47% dos e-consumidores que utilizaram “Cartão de Débito” fizeram a sua primeira compra na internet. “Isso demonstra que, devido à maturidade do setor, os novos entrantes já demonstram mais confiança e possuem uma barreira de entrada menor para utilizar esse meio de pagamento”, relata Guasti.
Homens ou mulheres?

O cartão de débito é utilizado, na maioria, por mulheres. De acordo com os dados levantados no ano, 54% dos e-consumidores que utilizam esse meio de pagamento são do sexo feminino. Os números de mulheres utilizando esse meio de pagamento são ainda maiores para novos e-consumidores: 57%.
Índice FIPE/Buscapé

Em Fevereiro/13 o Índice FIPE/Buscapé, relatório que levanta, mês a mês, uma radiografia dos preços de mais de 1,3 milhão de produtos no e-commerce B2C brasileiro, registrou queda média de preços de -0,42%. Esta queda confirma a tendência deflacionária observada ao longo do tempo, e interrompida nos meses de Jan12 (0,90%) e Jan13 (2,39%), que possivelmente expressam um comportamento sazonal dos preços no e-commerce.

Fonte : Camara-e.net

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