sexta-feira, 12 de abril de 2013

Atualização do W7 com falha endereçava vulnerabilidade de nível moderado


foto microsoft
A Microsoft divulgou nesta sexta-feira, 12, mais esclarecimentos em relação ao pacote de atualização automática responsável por gerar uma falha em computadores com Windows 7 que os impedia de funcionar corretamente. Conforme explicação da fabricante, o pacote 2823324, contido na Atualização de segurança para Microsoft Windows (KB2823324), combatia uma vulnerabilidade no sistema operacional classificada como moderada.
O problema afetou diversos usuários brasileiros nesta semana. Ao instalar o pacote, o computador era reiniciado em “loop infinito”. O sistema operacional não carregava adequadamente e o usuário não conseguia utilizar o PC.
“Ao contrário de alguns relatos, os erros de sistema não resultam em qualquer perda de dados e nem afetam todos os usuários Windows. Entretanto, todos os usuários devem seguir a orientação que fornecemos no KB2839011 para desinstalar o update de segurança 2823324 se ele já estiver instalado”, escreveu o gerente do grupo de comunicações da Microsoft, Dustin Childs, no blog da companhia. As instruções para desinstalar o problema são encontradas nocentro de suporte online.
Vale ressaltar que existe a possibilidade de a falha não ser responsabilidade da Microsoft. Isso porque ela seria decorrente apenas quando existem certos tipos  de softwares instalados na máquina. “Identificamos que a atualização, quando colocada lado a lado com certos software de terceiros, pode causar erros de sistema”, diz o comunicado de Childs.
Além disso, ainda conforme a Microsoft, a vulnerabilidade “requer que um atacante tenha acesso físico ao computador para explorá-la”. A correção para esta falha está sendo estudada pela empresa e deverá ser disponibilizada em breve em próxima atualização.
Procon-SP
A Fundação Procon-SP notificou a Microsoft na última quinta-feira, 11, a prestar esclarecimentos sobre as falhas ocorridas. Além da explicação da natureza do problema e a descrição dos produtos afetados, a fabricante do Windows deve “apresentar a descrição e comprovantes dos procedimentos e medidas adotadas junto aos consumidores prejudicados para a reparação do defeito, além de todos os canais para recepção de demandas e informações a respeito, disponibilizados aos consumidores”.
Se comprovadas irregularidades na conduta da companhia, a Microsoft pode ser penalizada nos termos do Código de Defesa do Consumidor (CDC). O órgão orienta as pessoas que tenham sofrido algum dano econômico a procurar autoridades de defesa do consumidor de sua cidade caso não cheguem a um acordo satisfatório com a empresa nos canais oficiais fornecidos por ela.
E para empresas? 
Conforme esclarece o advogado Márcio Cots, sócio do Cots Advogados, especializado em direito digital, mesmo pessoas jurídicas possuem uma relação de consumo com a Microsoft com a compra de licenças corporativas. “Isso porque o sistema é utilizado para operação da empresa, não está sendo vendido ou sendo oferecido como serviço no negócio final. Logo, a empresa também é ‘usuária’ e pode usar o Código de Defesa do Consumidor como proteção”, explica.
O trecho do CDC que respalda os prejudicados é o artigo 12 do CDC. Segundo o texto, o fabricante responde “pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos”. Cots aconselha, contudo, a manutenção das máquinas em quarentena até que seja possível determinar a real responsabilidade da Microsoft sobre o ocorrido. “Quando a questão for solucionada, se o prejuízo for considerável, vale entrar com ação judicial em cima desse artigo para buscar ressarcimento”, finaliza.
Fonte : TIINSIDE

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